Coletiva: Parece Simples? Mas Não É…

A estrutura de uma coletiva, onde envolve o contato direto com a imprensa parece – eu disse, parece – ser simples e fácil de montar. Porém na hora H descobre-se que a situação era bem diferente. Antes de mais nada, existem coletivas e coletivas. Algumas os assessores têm certeza que darão ibope e isso não ocorre. Já outras…

Uma posse de nova presidente de um clube de futebol. Simples… se não fosse o Flamengo, se não tivesse sido Hexacampeão, se não estivesse vivendo momento de renovação do técnico. Além disso, o Campeonato Brasileiro acabou e futebol, mesmo, só em 2010. Mas os jornais continuam e é preciso ter notícia para atrair o leitor.

Ontem, dia 21 de dezembro, foi a posse da Patrícia Amorim, como nova presidente do Flamengo. Convites para imprensa, ótima recepção no clube, local para estacionar, nenhum impedimento na entrada e no salão, e, onde ocorreria a cerimônia, uma mesa e área para a imprensa. Até aí tudo certinho, mas algumas questões precisam ser levadas em conta. Os jornalistas ficaram no fundo da sala – com um ótimo espaço para trabalhar -, mas os fotógrafos e cinegrafistas sofreram. Quem apura, pode ficar sentado, ouvindo e anotando – aliás é preciso fazer isso. Já os fotógrafos e cinegrafistas precisam do registro… ou cabeças rolam quando voltam pra redação. Os seguranças não autorizavam a passagem e na hora da assinatura do documento, o responsável pelo comando da cerimônia pediu aos convidados que se levantassem, em respeito ao fato.

Pronto… a galera se desesperou lá atrás. Se já estava difícil trabalhar… não foi possível registrar a assinatura com tantas cabeças na frente. Vi, repórter dizer que ia embora. “O que estou fazendo aqui!” – um pouco de exagero, certo, mas foi difícil mesmo. O errado foi o planejamento. Bastava ter colocado fotógrafos e cinegrafistas nas laterais na frente e os jornalistas poderiam ficar lá atrás.

Depois anunciaram uma coletiva, mas era óbvio que isso seria impossível. Isolar a Patrícia Amorim em um momento como aquele para dar entrevista seria uma tarefa complicadíssima. O resultado foi uma confusão generalizada na varanda da sede do Flamengo, com dezenas de microfones em cima da nova presidente. Ela foi gentil – até onde consegui enxergar (afinal, mesmo de salto, minha altura não ajuda muito) – com todos e ficou encostada na varanda, porque não dava para andar mais para trás.

A experiência valeu como uma previsão do que deve ser feito mais adiante. Uma mulher à frente de um dos maiores clubes do país sempre dará muito ibope e é preciso planejar. É importante lembrar também que todo mundo transmite informação na mesma hora, por isso a mesa (que foi disponibilizada) também é essencial. Momento de euforia e lição para a próxima vez.

E não daria para perder a oportunidade… de algumas fotos: eu com o Andrade (técnico do Flamengo), com o Arthur Mulemberg (@urublog e colunista do Globo Online) e o amigo do Twitter Michel Helal (todas com meu celular).

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