Se disser que tudo foi ruim, não é verdade. Mas não foi só comigo. A cada programa – bem feito – que assisto consigo me identificar com tanta coisa e isso faz muito bem. Aconteceu na última semana com o Além da Conta, do GNT. As entrevistas da Ingrid acertaram em cheio.
Sim, me conheci mais e tive – como todo mundo – altos e baixos estranhos. Sim, estranhos porque não tenho o direito de reclamar. O trabalho aumentou e ainda estou procurando esse tempo livre e ocioso que tanta gente fala, mas não encontro. Aumentou tanto que tive que puxar o freio.
Consegui voltar a ter a minha casa para mim e estava fazendo falta. A pandemia acelerou algo que já vinha pensando há tempos, mas que talvez demorasse pra acontecer.
Acreditei mais nas minhas ideias. Sim, dá pra trabalhar de casa. Sim, dá pra trabalhar de qualquer lugar. Sim, não preciso de tantos horários. Sim, fazer uma entrevista usando o computador não é porque você é dono de uma pequena empresa.
Aliás, aprendi – ou melhor tive certeza – que o tamanho da empresa não é o principal. O tamanho bom aquele que te traz bons resultados. Perdemos apenas um cliente e meio. Sim, porque um foi realmente e ou outro diminuiu o trabalho. Mas assumimos uma sociedade latino-americana, aumentamos a produção do trabalho e assumi o papel de entrevistadora online.
Tudo bem que sempre gostei de tv, mas me achei nas lives. Foram mais de 20, e todas me senti muito à vontade e deixei os entrevistados à vontade. Foi um dos achados mais incríveis desse período.
O outro? Liberdade de fazer coisas malucas e não ter medo. Já tinha outros medos para ter que cuidar, mas esse de experimentar sempre ficou ainda mais forte.
Não acabou e gostaria de ter tempo para fazer tudo o que passa na minha cabeça.
