Toda vez que penso em falta de reconhecimento ou puxada de tapete sempre lembrava do Steve Jobs, que depois de criar a sua empresa foi retirado dela. Inacreditável. Independente das maluquices do perfil dele, era um gênio. Ficava imaginando como o mundo de negócios faz a gente perder o prumo.
Agora foi a fez do Faustão. Independente de gostar ou não do programa, isso não muda o respeito que as pessoas precisam ter quando alguém, como ele, que dedicou 30 anos à empresa. Quiseram dar o troco na hora que ele optou por seguir outros caminhos. Não assistia quase o Domingão, mas isso não significa que os profissionais precisam ser desrespeitados.
Fico imaginando que ele merecia um retorno como Steve Jobs teve. Onde pediria pra voltar e ele, calmamente, diria não. Steve Jobs voltou e conseguiu depois de continuar criando e inventando coisas geniais como a Pixar.
No esporte, já acompanhei outros casos que, independente de gostar ou não da pessoa, acompanhei a falta de respeito pelo trabalho. E não precisa nada demais, só respeito. E como a vida anda com a velocidade digital o “troco” está vindo mais rápido do que se espera.
A cobertura da Fórmula 1 foi no mesmo caminho, mas com um troco rápido. Equipe toda em um clima incrível nas manhãs da Band, com espaço pra criação, brincadeiras, resenhas etc. Foi possível observar que a liberdade de criação e a redução de uma pressão provocou muita criatividade. Orgulho de ver Mariana Becker por lá, dando um show e imagino o que pode estar na cabeça dela nessa hora.
Mas parece que as pessoas não aprendem e vão continuar sendo assim no mundo corporativo. O que importa é o que “a empresa” quer e isso é passaporte para passar por cima das pessoas que dedicam suas vidas a projetos que acreditam. Depois ainda vão reclamar que você não veste a camisa ou ignoram a existência como vem acontecendo nos programas de tv.
Faustão não vestiu? Steve Jobs não fez a empresa a sua vida? Mariana Becker e Reginaldo Leme não se dedicaram?
Lógico que sim. Muitas teorias cujas empresas se atualizaram e mudaram, entendendo as mudanças nas relações. fiz isso há cerca de 15 anos, quando percebi que as relações precisavam ser outras.
E você? Fez isso?