As duas vezes que resolvemos ir a Paris, o que sempre achei que não era uma tarefa simples, foi decisiva para mim. Parece que quando você fala “estou em Paris”, “fui a Paris” ou “vou para Paris” é uma espécie de expressão mágica.
As pessoas te olham como se você estivesse prestes a viver um sonho. Talvez no fundo tenham razão.
Quando fui ao Congresso da International Diabetes Federation na Cidade do México – convidada como palestrante – no ano de 2000, soube que o evento seguinte seria Paris. Se a gente conseguiria ou não, não pensamos. Só resolvemos, nós vamos. E deu tudo certo, mas dessa vez a história é de 21 anos depois.

Paris 2003
Diário de Bordo
Lógico que me programei para tentar escrever um pouco cada dia, mas tudo em vão. As anotações foram para um caderninho, comprado lá (aliás, entre tantos cadernos que comprei), pelo menos pra conseguir anotar quantos quilômetros andava por dia.
Definitivamente, só uma vez na vida, consegui fazer um diário assim e que está registrado aqui – na viagem a Montreal. E só. Mas será que vou conseguir lembrar de cada coisa, cada momento especial que passei lá? Não sei. Por isso, vou tentar contar aqui. Algumas coisas podem se transformar em dicas interessantes. Já outras são para aquecer o coração, toda vez que não estiver bem e precisar lembrar de mais uma viagem dos sonhos. Mais uma vez, sorte nessa cidade dos sonhos.

Foram dias incríveis, especiais e de muita caminhada, de 7km até 14km por dia. Tudo perfeito.